Detectados oito novos Planetas nas "Zonas Habitáveis" de suas estrelas.

Dois dos planetas são os mais semelhantes com a Terra já encontrados em região da órbita onde a água pode existir em estado líquido. 

Ilustração de planeta extrassolar parecido com a Terra em orbita de estrela semelhante ao Sol no fim de sua vida. Créditos: David. A. Aguilar (CfA).
Astrônomos do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (CfA), nos EUA, encontraram oito novos planetas extrassolares na chamada “zona habitável” de suas estrelas, região esta, onde a distância entre o planeta e a estrela permite uma temperatura propícia para a existência de água em estado líquido na sua superfície, requisito essencial para o surgimento e desenvolvimento da vida em um planeta. 

O anúncio, feito nesta terça-feira durante reunião da Sociedade Americana de Astronomia (AAS), dobra o número de planetas relativamente pequenos – com menos de duas vezes o diâmetro da Terra - conhecidos nesta região da órbita de suas estrelas.

Segundo os astrônomos, estes dois planetas batizados de Kepler-438b e Kepler-442b, seriam até o momento, os mais parecidos com a Terra já encontrados, com a diferença de que orbitam estrelas anãs vermelhas, menores e mais frias que o nosso Sol. Sendo assim, estes planetas devem estar mais próximos de sua estrela para receber maior luminosidade e energia suficiente para que possivelmente sejam habitáveis. 

Kepler-438b tem um diâmetro 12% maior que o do planeta Terra e leva 35 dias para orbitar a anã vermelha, recebendo cerca de 40% mais luz que a Terra, enquanto que, Kepler-442b é cerca de um terço maior que a Terra, orbita a estrela em 112 dias, portanto, mais distante e mais frio que o anterior. Desta forma, Kepler-442b deve receber de sua estrela, aproximadamente dois terços da luminosidade e energia que o planeta Terra recebe do Sol. 

Outro fator importante são os seus tamanhos, relativamente pequenos. Os astrônomos calculam que há 70% de chances que o planeta Kepler-438b seja um planeta rochoso, enquanto que, Kepler-442b tem 60% de chances. Levando em consideração os fatores - distância entre planeta e estrela, índice de radiação e tamanho - os astrônomos calculam 70% de chances do planeta Kepler-338b abrigar vida e 97% de chances para Kepler-442b. 

Contudo, David Kipping, um dos astrônomos do CfA responsáveis pela descoberta, diz: 
"Nós não sabemos com certeza se qualquer um dos planetas em nossa descoberta são verdadeiramente habitáveis. [...] Tudo o que posso dizer é que eles são candidatos promissores."
Descoberta será publicada no periódico "Astrophysical Journal".
Ilustração em tamanho original disponível na galeria do Space.com, acessado por esse link.

Fonte: Space


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