Pela primeira vez astrônomos observam as ondas de choque de uma Supernova

     Astrônomos capturaram em luz visível os primeiros momentos de uma explosão de estrelas em Supernovas e também as ondas de choque provenientes do colapso da estrela sobre seu núcleo, tudo isso usando os dados observacionais do Telescópio Espacial Kepler - o caçador de Planetas. O Kepler analisou a luz proveniente de 500 galáxias diferentes, ou seja, mais de 55 trilhões de estrelas, num período de 3 anos, onde apenas duas explosões em supernovas foram detectadas: a KSN 2011d, que teve seu espetáculo obstruído por gás e poeira e a KSN 2011a, que teve sua onda de choque captada. A estrela KSN 2011a está a 700 milhões de anos-luz de distância e é uma gigante vermelha com 270 vezes o raio do Sol.
    
O flash brilhante de uma onda de choque de estrelas explodindo foi capturado pela primeira vez em luz visível pelo caçador de Planetas da NASA, o Telescópio Espacial Kepler. Créditos da Simulação: NASA / STScI 


     "É como a onda de choque de uma bomba nuclear, só que muito maior, e ninguém se machuca", disse Brad Tucker, de ANU Escola de Pesquisa de Astronomia e Astrofísica.

     O estudo das Supernovas é importante para ajudar-nos a entender de que maneira essas gigantescas explosões são capazes de criar elementos mais pesados e que constituem desde sóis gigantes à nós humanos. 

O diagrama ilustra a variação do brilho de uma supernova em relação ao Sol em função do tempo em dias. A morte explosiva desta estrela, chamada KSN 2011a, alcançou seu brilho máximo em cerca de 14 dias e a onda de choque teve duração de 20minutos. Créditos da imagem: NASA Ames/W. Stenzel
      As Supernovas ocorrem quando a estrela já se encontra nos estágios finais da sua vida e o combustível que a mantém em equilíbrio acaba. Sendo assim as reações de fusão nuclear cessam e a estrela acaba por cair em dentro de si mesma - ocorre um colapso. Isso vale para as Supernovas de Tipo II. Esse fenômeno gera energia a ponto de tornar esses objetos super brilhantes e possibilitar sua observação a partir de galáxias distantes, favorecendo os estudos.

       A observação vai ajudar os astrônomos a compreender melhor como o tamanho e a composição das estrelas afetam os primeiros momentos de sua morte explosiva.

"Estamos realmente sondando uma explosão", disse Tucker. "As Supernovas criam os elementos pesados que precisamos para sobreviver, tais como ferro, zinco e iodo, por isso estamos realmente aprendendo sobre como somos criados."

 

Artigo publicado na Astrophysical Journal

Fontes:
http://arxiv.org/abs/1603.05657
https://astronomynow.com/2016/03/22/astronomers-glimpse-supernova-shockwave-for-the-first-time/
http://www.zmescience.com/space/supernova-shockwave-first/
http://www.eurekalert.org/pub_releases/2016-03/uom-cft032116.php












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