O que Causa as Chuvas de Meteoros?



    Se imagine longe da cidade, com céu limpo e totalmente escuro, observando-o, podendo até ver as estrelas mais fraquinhas. Quando de repente um rastro luminoso corta o céu em uma velocidade incrível. Mas, quando você apura os ouvidos para tentar ouvir o estrondo, percebe que algo mais cruzou o céu, a partir dai, sua atenção é voltada ao espetáculo. Você está presenciando um dos fenômenos astronômicos mais emocionantes existentes.


Meteoro registrado em 2009 no Deserto de Mojave, EUA
Créditos: Wally Pacholka / Astropics

        Esses meteoros, ou bólidos como também são chamados, são pedaços de rocha que entram na atmosfera a uma velocidade média de 75 km/s (270.000 km/h) e sua queima dura de 1 a 2 segundos a uma altitude de 80 km, acima da Ionosfera. Ao atingir a atmosfera, o atrito com as moléculas de ar gera tanto calor que a rocha acaba derretendo resultando num belo rastro no céu. As diferentes cores observadas se deve ao tipo de metal presente na sua composição, tendo assim como determinar se o meteoro visto é proveniente radiante que se está observando ou trata-se de um esporádico (minúsculas rochas que também orbitam o Sol e não são resultado direto da passagem de um cometa).
 
         As chuvas de meteoros são resultado da poeira deixada por cometas que viajam pelo Sistema Solar. Por toda a extensão de sua órbita, o cometa vai deixando o seu rastro e, de tempos em tempos, a Terra acaba por cruzar ou passar muito perto desses rastros, por isso podemos prever quando e de qual constelação viram os meteoros. A duração de uma chuva de meteoros tem total relação com a largura do rastro de poeira deixado pelo cometa, podendo durar alguns dias (Quadrantídeas - 1 a 5 de Janeiro) e até semanas (Eta-Aquarídeas - 19/04 a 28/05). Vale ressaltar que essas rochas raramente ultrapassam um grão de arroz em tamanho e a fricção gera tanto calor que a rocha derrete por inteiro, quase nunca chegando até o chão.
Imagem composta das Geminídeas de 2007 produzida pelo astrônomo Erno Berkó. A imagem é composta por 113 fotografias com o registro total de 123 meteoros. Claramente vemos o radiante próximo a constelação de Gêmeos. Imagem de Erno Berkó
       Mas como observar?

      Em primeiro lugar temos que saber qual chuva de meteoros é a do momento. O segundo passo é seguir para um local onde o céu seja  mais escuro, longe de grandes centros e onde o campo de visão para o céu seja o mais amplo possível. Para que a noite de observação seja proveitosa, deve-se permanecer por um bom período olhando para o céu, por isso recomenda-se levar uma cadeira reclinável confortável, um colchonete, uma coberta, etc. Não é necessária a utilização de instrumentos como telescópios, lunetas ou binóculos já que fenômeno ocorre em pontos distintos do céu e em grandes velocidades. É importante não levar lanternas ou objetos que imitam muita luz, já que é necessária escuridão total por no mínimo 20 minutos para o olho se acostumar. Se a iluminação for indispensável, encape a fonte de luz com celofane vermelho, assim sua visão noturna será preservada. No mais,só não se esqueça de um bom repelente de insetos e um lanchinho.
       Em geral observamos mais meteoros após a meia-noite, uma vez que nesse momento estamos na parte escura do planeta que está passando lateralmente à trilha de poeira.

      Agora basta contar com um bom tempo e se aventurar pelas noites. O espetáculo é garantido e vale cada segundo. Boa sorte!
    

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